20.9.10

Assim como nos primórdios da comunicação, os métodos e meios de se transmitir uma mensagem surgem a partir de uma falha na relação entre emissor e receptor.
Os símbolos e sinais facilitam a vida de todos nós e muitos deles estão presentes em nosso dia a dia. As linguagens Braille e Libras, assim como as placas de trânsito e os símbolos que utilizamos na internet são alguns exemplos desse uso constante.

Linguagem Braille

A linguagem em Braille foi inventada por Louis Braille, o qual perdeu a visão aos três anos de idade. Aos sete anos ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto.
Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial militar para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, Louis Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo e em 1829, publicou o seu método.
O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo que o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais.
Atualmente existem maquinas de escrever em Braille e diversos livros escritos com esse método, possibilitando assim a inserção dos deficientes visuais no processo de educação e aprendizagem.


Linguagem Libras

Essa é uma língua que se baseia em sinais gestuais, usada pela maioria dos deficientes auditivos brasileiros e reconhecida pela lei brasileira. A LIBRAS não é a simples gestualização da língua portuguesa, mas sim uma língua à parte.
Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis lingüísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas oral-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, que ao invés de oral é visual. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação.
Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa língua.
Assim, a Libras se apresenta como um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como qualquer língua, também existe diferenças regionais, portanto deve-se ter atenção às variações praticadas em cada unidade da Federação.


Placas de Trânsito

Outro exemplo que demonstra a presença dos símbolos em nossas vidas são as placas de trânsito. Motoristas ou não, desde pequenos aprendemos os seus significados. Sua finalidade é a de manter o fluxo de trânsito em ordem e segurança.
As placas são divididas em três em três espécies:

• regulamentação - cores: branca vermelha e preta;
• advertência - cores: amarela e preta;
• indicação - cores: azul, verde, branca e preta.


Os símbolos na Internet

Como em todos os outros casos, os símbolos utilizados na internet surgiram primordialmente da necessidade de um meio de se expressar de maneira mais eficaz. Dessa vez a dificuldade era a de demonstrar os sentimentos e/ou pôr um tom na conversa, tendo em vista que você na maioria das vezes está apenas lendo um texto, sem ver as reações de seu interlocutor.
Considerado uma forma de comunicação paralinguística, o emoticon, palavra derivada da junção dos seguintes termos em inglês:emotion (emoção) e icon (ícone), é uma seqüência de caracteres tipográficos ou, também, uma imagem (usualmente, pequena), que traduzem ou querem transmitir o estado psicológico, emotivo, de quem os emprega, por meio de ícones ilustrativos de uma expressão facial.